sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mostra reúne pinturas e histórias sobre o velho Chico

Em meio ao parque do Ibirapuera a exposição “Autoria Compartilhada”, da artista plástica Mônica Nador, instalada no Pavilhão das Culturas Brasileiras, desenvolve um trabalho que tem como proposta dar continuidade às atividades oferecidas à comunidade do Jardim Miriam, na zona sul de São Paulo.

A mostra leva para o espaço o trabalho do Jardim Miriam Clube (Jamec), que tem como objetivo compartilhar com o público as obras da artista plástica através de oficinas, técnicas e conceitos, por meio dos padrões desenvolvidos da pintura. Os artistas usam como inspiração replicas na parede do prédio e em faixas de tecidos. De acordo com o educador Eliomar Ferreira, Mônica busca uma identidade própria para seus trabalhos, que são inspirados pela periferia.

Segundo Ferreira, é impossível falar da Mônica, sem citar o Jamec. Para ele, é um casamento perfeito que não tem separação. “A proposta emerge num movimento leve, sinuoso e abrangente na sua potencialidade de tocar profundamente a alma, através da arte que está tão próxima, encontrada nos becos, muros e também, nas casas das pessoas.”

O espaço funciona como um ateliê aberto, um work in progress, como se o público fosse uma vitrine viva que proporciona ao visitante o conhecimento do processo do trabalho. A experiência propicia a aproximação de pessoas leigas ou não com o fazer da produção artística, através de novas linguagens, áreas de conhecimento e experimentações estéticas.

Rio São Francisco

Paralelo à mostra da Mônica, o Pavilhão das Culturas Brasileiras caracteriza a exposição “Rio São Francisco Navegado por Ronaldo Fraga”. O estilista e poeta retrata ambientes compostos por instalações plásticas da arte contemporânea, dividida em 13 espaços que remetem ao rio, desde a foz até a nascente.

De caráter itinerante, a exposição está prevista para circular por mais 12 cidades brasileiras. Para o arquiteto Julio Fernandes e a ambientalista Maria Angélica, a mostra representa um pouco da história, costumes, símbolos e características das cidades ribeirinhas. “O momento de maior emoção é quando deparamos com roupas que falam, representada na voz da cantora Maria Bethânia, que declama um poema de Carlos Drummond de Andrade”, conclui Angélica.

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