quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Biografia do Fotógrafo Claudio Edinger

Estou postando para vocês um resumo sobre o fotográgo brasileiro Claudio Edinger. Esse será um trabalho que irei apresentar na disciplina Fotojornalismo, e também as fotografias escolhidas para a apresentação.

Escolhi ele, devido as suas fotos serem bem diferentes e atraentes, pois o Edinger é considerado um dos grandes mestres contemporâneos do ensaio fotográfico.



Edinger[1] se formou em economia pela Universidade Mackenzie em 1974, mas nunca chegou a exercer a profissão de economista. Ainda no início da década de 1970, apaixonou-se pela fotografia, realizando sua primeira exposição individual, Edifício Martinelli, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), em 1975. No ano seguinte, mudou-se para Nova York, onde permaneceu até 1996.

Durante os 20 anos que passou nos Estados Unidos, Claudio se dedicou à fotografia documental e artística, e trabalhou como fotógrafo autônomo para periódicos brasileiros e norte-americanos como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Time, Newsweek, Life, Rolling Stone. Em 1977 teve aulas com o fotógrafo Philippe Halsman (1906-1979), especialista em retratos.

Edinger é considerado um dos grandes mestres contemporâneos do ensaio fotográfico. Inspirado em Tolstoy, que dizia “Sem saber quem sou, a vida é impossível”, Edinger desde o começo de sua carreira, usa a câmera como recurso de pesquisa. Ele tenta explorar um tema em grandes detalhes, se aprofundando no assunto. Sua busca traz um envolvimento muito grande, tanto para ele quanto para os observadores de suas fotos.


São Paulo: “Minha Estranha Cidade Linda”



                                                                   Foto Divulgação
 
 

                                                                  Foto Divulgação 
 
São algumas fotos, pois ele tem várias...

domingo, 25 de outubro de 2009

Reportagem Perfil - Pauta

Nossa professora de Conceitos e Gêneros Jornalisticos nos propôs nesse semestre, um trabalho voltado para o Jornalismo Literário. Estou postando minha proposta de pauta, que se tornará em reportagem. A entrevista com o Daniel Beneventi já está marcada, e em breve vocês verão como ficou, por enquanto só um pequeno resumo do meu perfilado. Aguardem!!!

Daniel Beneventi, 26 anos ,venceu duas vezes um câncer, de rinofaringe e outro da garganta.

 Trabalha com criação e arte em 3D. Faço anúncios e projetos eletrônicos ( www.danielbeneventi.com ), como maquete no programa cinema 4D.


Segue depoimento do próprio entrevistado, que se tornará em uma reportagem perfil:

Aos 21 anos eu passei numa prova onde ganhei uma bolsa para estudar Construção Civil no SENAI. Nesta mesma época descobrir que estava com câncer na rinofaringe, a empresa onde eu trabalhava me mandou embora e minha namorada na época terminou o relacionamento de 5 anos.

O convênio só aceitou fazer meu tratamento por 1 ano, após eu ter entrado com um processo. Durante as sessões de químico e radioterapia eu perdi o paladar, minha garganta secou e ficou cheia de feridas, emagreci muito e sentia muita dor para comer, quando conseguia vinha os enjôos, fiquei 6 meses surdo do lado esquerdo, mesmo assim continuei após as sessões indo no SENAI para concluir meu curso.

Através do SENAI consegui estágio na editora PINI, fiquei 5 meses estagiando, e meu contrato acabou, e eu deveria deixar a empresa, mas minha gerente Regiane, fez de tudo para poder me contratar. (“na época só contratavam acima de 1 ano de estágio”). com apenas 2 meses de registro descobrir que devido ao o descaso no tratamento pelo convênio antigo e precariedade do acompanhamento no SUS, eu havia adquirido um novo câncer na garganta, e pelo tempo que passou este já estava em estado avançado.

Conheci minha noiva uma semana antes de descobrir que teria que reiniciar com o tratamento, ela prestava serviços na empresa. Foi ela que me acompanhou nas consultas. Um mês depois ela foi chamada para entrar no meu lugar. Meu chefe novo da época, disse na entrevista para ela que o emprego era temporário, mas que não acreditava que eu voltaria, pois meu estado era muito grave (ele não sabia que estávamos juntos).

Voltei a sentir muita dor para comer e desta vez perdi os meus cabelos, as sobrancelhas e os cílios também caíram, as pessoas olhavam diferentes pra mim na rua. Em casa quando eu não estava fazendo o tratamento, eu estudava programas no computador, aprendi a fazer maquetes eletrônicas e consegui pagar os medicamentos e injeções diárias (cada custava R$ 445,50) necessários para o tratamento, e que os convênios não cobrem, posteriormente consegui injeções mais em conta, porem eu mesmo que devia aplicar. Estudava muito no tempo vago e também pintei vário quadros.

Nunca reclamei do que aconteceu comigo, sempre agradeci por cada dia, é incrível como você aprende ser uma pessoa mais controlada quando passa por um problema como este.

Fiz mais de 32 sessões de quimioterapia e 70 sessões de radioterapia, minha garganta praticamente queimou por dentro o que era visível na pele escura por fora no pescoço.

Em minha ultima consulta antes de marcar a operação final, o médico me avisou que meu caso era grave, mas que ele iria "tentar" me salvar, e que a cirurgia poderia ter sequelas, mesmo dando certo, como perder a voz, ou ficar com uma contorção no rosto devido aos nervos no pescoço. Me internei e aguardei a hora da cirurgia quando o médico retornou me liberando, o último exame antes da cirurgia mostrava que eu estava curado! Fui pra casa, devido ao que aprendi quando estive afastado fui chamado pela PINI (empresa na qual recebi muito apoio) para trabalhar no setor que antigamente almejava, hoje trabalho com criação, faço a arte dos anúncios e trabalhos em 3D.

Já fui convidado pelos médicos do Sírio Libanês para dar meu testemunho e incentivar as pessoas a continuarem os seus tratamentos e seus familiares as apoiarem. Após a minha entrevista o médico Dr. Fernando Maluf, disse que era impossível separar fé, força de vontade ou o psicológico ( seja qual for o nome que você de a isto) do tratamento, que ele já viu casos bem menos complicados que não conseguiram ser curados e casos como o meu que nenhum médico explica a cura.

Não olho pro passado e vejo o que passei com o câncer de forma depressiva, tenho orgulho de ter vencido 2x esta batalha. E mais orgulho ainda de saber que não fui o único, conheci pessoas com histórias maravilhosas naquele hospital, vi crianças já nascendo lutando contra esta doença.

Aprendi que muitas coisas na vida, não merecem serem levadas a sério, e outras bem mais simples fazem toda a diferença.

Parece besteira o que vou dizer agora, mas só quem passa por isto sabe como é maravilhoso pode comer um cachorro quente na rua, sentindo o gosto e sem sentir dor. Foi a primeira coisa que fiz quando terminei o tratamento!

Brigar por causa de transito, discutir com as pessoas, isto hoje eu descarto na minha vida, prefiro viver bem!

Agradeço a Deus cada minuto de minha vida por ter me dados todas estas bênçãos e livramentos.

Alguns trabalhos do Daniel, disponibilizado em seu site - http://www.danielbeneventi.com/














 
 
                                             


                                                                                                                   

domingo, 18 de outubro de 2009

A nova mania em Diários Virtuais


Essa é a mais uma matéria que disponibilizo em primeira mão para vocês.

Mais uma minha que vai está na revista Melhor Amiga, matéria na qual entrevistei a produtora cultural Liliane Ferrari.




A nova mania em Diários Virtuais


Produtora cultural Liliane Ferrari explica como publicar um post e de que maneira transformar seu blog em um sucesso


As redes sociais na internet congregam mais de 29 milhões de brasileiros por mês. Nada menos que oito em cada dez pessoas conectadas no Brasil tem o seu perfil estampado em alguns sites de relacionamentos. Elas usam essas redes para manter contato com os amigos, conhecer pessoas, paquerar ou bem mais do que isso.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, mostrou que 91% dos adolescentes usam os sites apenas para se comunicar com amigos que eles já conhecem. A produtora Cultural Liliane Ferrari, 34, é uma fanática confessa pelas redes sociais on-line. Seu perfil está em nada menos que 21 comunidades virtuais.

Há dois anos Liliane precisava contratar, em menos de uma semana, quarenta educadores para duas exposições no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Atrás de indicações, enviou um e-mail para os amigos. A mensagem se alastrou e sua vida começou a ser vasculhada por todos em seu blog.

Ao longo de sua trajetória em dez anos na área de produção e comunicação, trabalhou em diversas funções e em empresas de vários segmentos. Construiu uma extensa Networks com a qual manteve contatos e relacionamentos, principalmente com a imprensa, produtores, publicitários, artistas e empresários no Brasil e no exterior.

Hoje, ela mantém um blog pessoal (lilianeferrari.com), que está inserido na rede “M de Mulher”, da Editora Abril, além de escrever em blogs corporativos como Mãe com Filhos da Trakinas, Kraft Foods, Viva Bela, da Mapfre Seguradora, um blog da LG, e ainda é colunista da revista Mundo Mundano.

Os adolescentes criam diários virtuais e colocam na internet um pouco do seu dia-a-dia, com isso põem sua vida exposta na rede. “Hoje temos que limitar o detalhamento da informação que dá sobre si, e que cada pessoa tem um limite do que quer e pode mostrar da sua vida”, ressalta Liliane.

Dicas da Lili





A publicação do poster e o visual de um blog são muito importantes, segundo Lili, mas para ter sucesso, é preciso ter originalidade e bastante relacionamento nas redes sociais para espalhar seus links sem um apammer, que varia entre as plataformas utilizadas desde o blogspot, wordpress, por exemplo.

Para planejar um texto, sempre é bom pensar no que pode ser ilustrado, como imagens, vídeos e fotos. Pesquisar links relacionados, e aí resultará um poster com conteúdo.

Para Liliane, os blogs com fundo preto dificultam a leitura, pois não adianta ter o melhor texto, irá ser repulsivo pelo visual pesado. “Aprender a escrever bem e a contar uma história com começo, meio e fim pode ser antiquado. Em uma época de subversão das ‘ordens’ na escrita, é importante se expressar e ser bem- entendido”, comenta Liliane.

Outra dica é ler muitos livros, se conectar com outras pessoas para espalhar suas ideias e conceitos. Em um diário virtual, você guarda tudo sobre sua própria história de vida e memórias, expressam seus sentimentos, ideologias e passa a existir na rede.


Os blogs recomendados por Liliane

- ladyrasta.com. br



- samshiraishi.com



- srtabia.com



- mawacomw.com

Ela relacionou esses blogs porque são de suas amigas há mais de 30 anos, pois são divertidas e incríveis para todas as idades.


O Blog dos famosos

A maioria dos famosos usa o diário virtual para divulgar shows, discos, peças ou simplesmente a própria imagem.

Blog de Wanessa Camargo, o quarto mais acessado dentre os dos famosos do UOL, é um verdadeiro "release" (textos enviados pelas assessorias a jornalistas) em tom pessoal. Veja alguns trechos: "Abaixo, alguns momentos das 17 horas que ficamos gravando no estúdio o clipe da música "Não Tô Pronta pra Perdoar" [...] O clipe estreia daqui a uma semana. Adianto que é lindo, meio melancólico e tem um quê dramático".

Jabá

Os artistas normalmente não recebem dos portais para fazer seus blogs. Isso não significa que eles não possam transformá-los em negócios rentáveis.

Piovani, por exemplo, que foi uma das modelos contratadas para a campanha dos 30 anos do O Boticário, outro dia deu aos leitores uma "dica": “O Boticário tem um produtinho incrível chamado Blush líquido, que é a oitava maravilha da nécessaire (...) tem um cheiro delicioso de "penteadeira da vó".

A modelo é uma das percussoras no mundo blog de celebridades. Estreou o seu em julho de 2005. No mês passado, seu diário foi o segundo mais acessado dentre os blogs de famosos do UOL, o principal portal de internet do país. Só perdeu para o prestigiado jornalista esportivo Juca Kfouri.

Grifes

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, é dono do Bloglog, em parceria com seu filho, Diogo, e a Globo. Com prestígio dentre artistas, o ex-todo-poderoso da Globo tem conseguido nomes do primeiro escalão, como Regina Duarte e o autor Aguinaldo Silva, que vem bombando.

Grifes como essas ainda são raras no universo de blogs, recheado por celebridades de quinta. A lista de famosos que o portal busca convencer a "blogar" tem mil nomes. Até a semana passada, cerca de 200 já haviam estreado.

Por Renato Ricarte



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Resenha Critica de Obra Visual do francês Henri Matisse


Trabalho realizado por mim, Luciana, Claudia e Juliane, da disciplina Comunicação Comparada, jornalismo.




1 - Dados Informativos.

Pela primeira vez, o artista francês Henri Emile Benoit Matisse (Le Cateau-Cambrésis, França, 1869 – Nice, França, 1954), está exposto em uma grande exposição na Pinacoteca do estado, na qual reúne cerca de 80 obras entre pinturas, esculturas, desenhos, fotos, documentos e livros ilustrados que integram importantes coleções públicas e privadas, da França e do Brasil, entre 15 delas emprestadas do Museu Georges Pompidou, o Beaubourg, de Paria, incluindo as famosas telas Nature Morte ao Magnolia (de 1941) e Nu Rose Assis (1935 – 36). Além das obras de Matisse, a exposição será acompanhada por trabalhos de outros cincos artistas da cena francesa contemporânea que dialogam direto com a obra, entre eles, curadoria de Emilie Ovaere, curadora adjunta do Musée Matisse, e assistência de Regina Teixeira de Barros, do corpo técnico da Pinacoteca do Estado.

Matisse é considerado um dos fundadores e principais representantes do fovismo. Começou a dedicar-se à pintura após terminar, em 1890, seus estudos de Direito.

A exposição explorará o processo criativo do artista, e abordará os temas fundamentais da sua trajetória. Para Matisse, a cor, a linha, o arabesco e o espaço, era uma síntese e nenhuma se destaca separadamente, mas o conjunto ou a forma em um todo. Segundo o coordenador do núcleo de montagem da Pinacoteca, Mario Bibliano, uma pintura do artista é avaliada, em média, em 20 milhões de dólares. A exposição “Matisse Hoje”, consumiu um orçamento de 2 milhões de reais e faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

O evento estará exposto entre os meses de setembro (05/09) a dezembro (01/12) de 2009, das 10:00 às 18:00, na Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2 – Centro, Bom Retiro. No valor de R$ 6,00, meia R$ 3,00 (para estudantes que apresentarem carteirinhas) de terça a domingo, sendo que aos sábados a entrada é franca.

2 - A análise dos elementos estruturais da obra.

A obra Jackie retrata a neta de Matisse em diferentes ângulos. Primeiro a obra em carvão depois nas outras obras Matisse parece simplificar a criação. Os traços são simples e suaves e não há o uso de cores, o que reforça o caráter simples. As obras apesar de retratarem ângulos e posições diferentes de Jackie remetem a quem as observa uma seqüência devido à semelhança de traços em todas as composições.

As linhas nas obras são simples e tentam captar todas as emoções de Jackie, como se fosse uma lembrança ou uma forma de Matisse matar as saudades da neta, a falta de cores faz com que as linhas tornem-se o único meio do artista retratar isso.

3 - Análise do plano conceitual da obra.

Tendo como uma de suas características principais o equilíbrio na junção das formas e cores, Matisse costumava abordar em suas obras temas corriqueiros dos homens, como mulheres, objetos, situações cotidianas, momentos que de certa forma vinham de encontro com lembranças vividas. A metalinguagem é outro tema muito abordado em suas pinturas, uma vez que o fato de transparecer a linguagem da linguagem, ou releituras de acontecimentos passados mostra o quão remitiste o autor é.

A unidade nas obras desse francês é um dos pontos de mais relação e identificação do artista com sua arte, a combinação das cores e a opção de mostrar o bidimensionalismo (nos retratos das pessoas, objetos ou situações), deixando a profundidade de lado, tornando assim suas obras mais concisas e combinatórias, tais possibilidades se enquadram na unidade das peças que apresentam formar e espaços cujo ideal é passar a consistência de tudo e não ofuscando nenhuma parte. Uma vez que para Matisse todos os pontos possuem seu destaque.

4- Análise do plano sociocultural da obra.

Se analisarmos o contexto histórico no qual Matisse criou suas obras, poderemos constatar que o artista não colocou nelas as tensões que a Europa sofria, o panorama cultural do começo do século XX se desenhava ao mesmo tempo em que se deflagrava a I Guerra Mundial, em 1914. O artista passou pelas duas grandes guerras mundiais e participou de vários movimentos modernistas (entre eles o pontilhismo e o expressionismo), mas ficou conhecimento mesmo no Fauvismo, um movimento purista, onde o artista utilizava a cor pura, sem contornos, apenas mostrando como a luz influenciava a cor, qual a sua percepção sobre a cor, que deixava a percepção da paisagem em segundo plano. Em meio às grandes transformações sociais e políticas, os fauves não tinham nenhuma posição política definida.

O pintor foi considerado juntamente com Pablo Picasso um dos mais importantes e revolucionários do século 20, dos pintores fauvistas, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade. Matisse foi evoluindo de um neo-impressionismo, mesmo que com sua simplificação dos traços e dos volumes até sua pintura buscar constantemente a pureza das formas, das linhas e das cores, com isso ele chega aos trabalhos de colagem com papeis recortados.


5 – Crítica Pessoal sobre as obras (Opinião singular do crítico). Confronto da obra com o repertório do crítico.

Pela primeira vez, o francês Henri Matisse é tema de uma mostra no Brasil. Quem já viu ou ainda vai conferir a beleza desses quadros, pinturas, desenhos, gravuras, esculturas do Matisse, vai notar que o pintor gostava de usar muito as cores, de detalhar as linhas e de por você leitor para analisar com cuidado cada obra. Suas pinceladas são fortes e vibrantes, o pintor que se sentia o próprio Deus, veio de uma época chamada fouvismo, na qual era denominado como fera, ou seja, cores vibrantes.

A maioria das suas obras visa o detalhe do corpo feminino, os mínimos traços para que o diferencie de todos. Outro detalhe muito importante que o Matisse gostava de fazer com suas obras, era pintar sobre retalhos e corta-la, para depois usa-la em outras pinturas como colagem, dando um sentido de relevo e vida nas suas obras. Ele que era um dos principais rivais do Pablo Picasso, fez com que fosse eternamente chamado de o deus da cor, em que trabalhava esses tons com todo um processo de pureza e tranqüilidade e que suas obras primas fossem identificadas por qualquer homem trabalhador cerebral.

Portanto Matisse, sempre destacou suas pinturas como simples e de fato acolhedora que fossem agradáveis aos nossos olhos, mas isso não identifica que suas obras sejam simples ou de fácil identificação. Ele fazia com essas cores e traços se tornassem vivas aos olhos dos expectadores, e dava certa programática as suas pinceladas, fazendo com que você mero olheiro tentasse detalhar ao máximo de aspectos transitais em suas obras, pois cada quadro ou escultura do Matisse tinha um pouco dele, um pouco da sua vida e das suas experiências vividas durante todas as suas épocas como pintor.



De Henri Matisse,
topicos.estadao.com.br





A mostra “Matisse
blogdaretro.tempsite.ws

Por Renato Ricarte

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entrevista realizada por mim, com o coordenador da AAES.



Alcoolismo: Uma doença Primária, Crônica e Fatal


Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo oferece tratamento
 a dependentes da Região Norte


Em cada copo de álcool, há lágrimas de mães, esposas e filhos. Há mais de 22 anos, o Núcleo Norte da Vila Prado, recebe dependentes de várias idades e sexo.

O seu coordenador, Cleôncio Pereira de Albuquerque, 48, reside na cidade de São Paulo, há quase 21 anos. Nascido na cidade de Cachoeira dos Índios, Paraíba, veio para a capital paulista à procura de uma vida melhor.

Cleôncio era dependente de álcool e foi acompanhar um dos seus irmãos, que também tinha o mesmo problema. Ao chegar à Associação, ele se identificou com os trabalhos e ficou impressionado com os métodos utilizados para recuperar os dependentes.

Aos poucos, começou freqüentá-la e assistir as suas reuniões doutrinárias, só que, ao mesmo tempo, começava a tratar da sua doença com as terapias em grupos que a entidade oferecia aos dependentes.

Após 15 dias, fez o seu voto, e ao completar três meses, ganhou a sua condecoração. Depois de um ano foi contemplado com a primeira medalha de abstinência total.

Hoje, ele é um dos coordenadores no Núcleo Norte e ministra suas palestras e terapias todas as sextas feiras.

Segundo Cleôncio, os primeiros dias são difíceis, mas, após lutar e evitar a primeira dose ocorre uma mudança radical.

Entrevista Ping - Pong, feito com Cleôncio Pereira, Coordenador do Núcleo Norte da AAES.

Renato Ricarte - Como é que funciona a Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo?

Cleôncio Pereira – A associação Antialcoólica do Estado de São Paulo é uma entidade que combate o alcoolismo, hoje, com 97 núcleos, quatro regionais e quatro extensões, que estão distribuídos na Capital, Interior e Litoral. O nosso grande objetivo é a recuperação dos dependentes que é realizada através de terapias em grupos.

RR – Quais são os principais métodos utilizados pela Associação, para que os dependentes evitem tomar a primeira dose?

CP – Primeiramente, ele tem que assistir o máximo de reuniões possíveis e o mais importante, ter força de vontade e equilíbrio para se recuperar.

RR – Já ocorreram casos em que o dependente se desviou e não conseguiu evitar a primeira dose? E depois, procurou os novamente?

CP - Sim. Quando ocorre uma recaída, nós recebemos esse companheiro com o mesmo carinho, é como se ele tivesse pela primeira vez, então, o dependente terá mais uma oportunidade para refazer o seu voto e ingressar mais uma vez em nossa entidade.

RR – O alcoolismo é um vício que gera várias doenças que podem até nos levar a morte. Como a Associação orienta os dependentes?

CP – A nossa entidade realiza vários trabalhos simples, mas muito sério. Na qual passamos para eles, que alcoolismo é uma doença com vários níveis de evolução, em que, primeiro ela perde a auto – estima o trabalho, a família e às vezes pode levá-los até o estado de loucura.

RR – A família é fundamental no processo de recuperação? Como eles ajudam?

CP – Sim. A família é muito importante no acompanhamento de recuperação dos dependentes, pois a presença da esposa e dos filhos nos nossos trabalhos, faz com que eles se sintam mais fortes e cheios de alta estima.

RR – Em relação à faixa etária dos dependentes, quais são os tipos de públicos que vocês mais recebem nas reuniões?

CP – Em relação à faixa etária, hoje em dia está muito relativo e recebemos pessoas de todas as idades, não temos preferência, já que sabemos que o alcoolismo começa muito cedo e que é uma doença lenta, progressiva e de fins fatais.

RR – Quando o dependente os procura e está em uma situação muito delimitada da doença, vocês encaminha-os a algum médico ou profissional da saúde?

CP – Muitas das vezes, chegam pessoas muito delimitadas por causa do alcoolismo, com um quadro bem elevado, nesse caso, os nossos diretores e coordenadores de cada núcleo, orienta que as famílias levem-nos e faça um acompanhamento médico.

RR – Como funcionam as terapias de grupo que vocês oferecem?

CP – Nossas terapias são oferecidas para os recuperados de vários anos que passam pela própria experiência diante do alcoolismo, pelos trabalhos que eles aprendem dentro da entidade, e ensinam para os novos companheiros de como evitar os velhos caminhos e sempre estarem presentes em nossas reuniões todas as sextas feiras à noite.

RR – Qual o principal meio de sustentação da Associação?

CP – Após três meses de recuperação, o dependente recebe as suas condecorações, e se tiver recuperado e quiser fazer parte do quadro associativo, ele levará três fotografias no seu núcleo e preencherá uma ficha cadastral com seus dados, que é transferida para a sede central da nossa entidade que está localizada no Centro de São Paulo. Depois desse processo, ele recebe uma carteirinha de associado. Com isso, ele pagará uma taxa mínima para manter as reuniões, os lanches, as despesas e a manutenção do local.

RR – Como é o lado humano dessas pessoas? No seu caso que já passou por essa experiência de vida, como foi a sua convivência com a doença? De que maneira você se recuperou?

CP – Eu sempre costumo citar, como está escrito na Bíblia Sagrada, que após deixar o vício do alcoolismo, o ser humano nasce em uma nova criatura e graças a Deus a minha vida mudou para melhor. Hoje eu sou uma nova pessoa em relação àquela do passado.E sempre falo para meus companheiros de entidade, que ocorre uma vitória e uma mudança radical em nossas vidas.

RR – Cleôncio como seria essa mudança radical, já que deve ser muito interessante ouvir todos esses testemunhos?

CP - A mudança é radical, e o impressionante é ver as esposas e filhos acompanharem esses testemunhos. É uma emoção grande e satisfatória para nós que fazemos parte dessa entidade.

Por Renato Ricarte
Que pena, que não deu para deixar nos critérios jornalistico, diagramado e com olho.