Engenheiro civil reforça medidas contra tremores
Formado em 1986 pela Universidade Federal do Piauí, com um mestrado e um doutorado, Anísio relata suas principais metas de custo baixo
A ocorrência de fenômenos naturais, como terremotos, levou cientistas de todo mundo a discutirem normas de segurança para a contrução civil. As soluções preventivas contra um colapso das estruturas, devem ser concebidas ainda na fase de projetos. Intervenções corretivas, nem sempre alcançam a eficácia desejada.
O engenheiro Civil, Anísio Meneses, 46 anos, afirma que "o uso do reforço estrutural por cinturão externo de concreto de aço em prédios já abalados, com um tempo, detém um desmoronamento iminente, comprometendo o valor estético das fachadas e até limitar o seu uso", diz ele.
O Brasil não tem um histórico de tremores em magnitude capaz de provocar o colapso nas estruturas de edifícios executados no padrão da norma. Segundo Meneses, "não há falhas geológicas conhecidas que atravessam nosso território, porém, podem ser sentidos efeitos secundários, ou mesmo sismos de pequena magnitude", completa.
Diante das transformações climáticas com repercurssão em diversos outros fenômenos naturais, é natural que haja uma preocupação crescente para a mitigação dos impactos. A comunidade técnica, deve estar preparada para a assimilação de novas técnicas construtivas que atenuem os riscos e assegurem a sustentabilidade ambiental.
No dimensionamento estrutural das edificações, os efeitos sismológicos não costumam ser levados em conta. O engenheiro Anísio, informa "que essa ainda é uma área pouca estudada nas escolas de engenharia do Brasil", justifica.
A norma atual de projeto de estruturas de concreto armado, a NBR - 6118, da ABNT, (Associação Brasileira de Normas Técnicas) não inclui requisitos exigíveis para evitar os estados limites gerados por sismos. E que, há uma vasta área para consolidação do conhecimento técnico, e a incorporação de novos paradigmas nas práticas correntes.